- 21.04.25
- Otávio Albuquerque
- 0

Wolverhampton afunda o Manchester United e inicia nova era com vitória importante
A noite do Boxing Day em Molineux apresentou uma reviravolta inesperada: o Wolverhampton marcou dois gols e venceu o Manchester United, numa atuação que empolgou a torcida local e alimentou o clima de pressão sobre o adversário. A vitória por 2 a 0 marcou o primeiro triunfo dos Wolves sob o comando de Vitor Pereira, um técnico que começou a ser visto como a última aposta para salvar a temporada do clube.
O jogo começou truncado, com poucos espaços para criação e ambas as equipes mostrando certa cautela. Ainda assim, a noite ganharia contornos dramáticos logo no início do segundo tempo: Bruno Fernandes, capitão e peça central do esquema de Ruben Amorim, foi expulso por uma entrada forte, deixando o United com um jogador a menos. A partir daí, a história mudou completamente para os visitantes.
A espera por emoção terminou aos 58 minutos, quando Matheus Cunha fez o Molineux explodir ao marcar de falta direta – uma raridade nos gramados ingleses. O gol deu confiança, e os Wolves passaram a controlar o ritmo, apostando no contra-ataque e neutralizando as principais ameaças do United, cujos esforços ofensivos tornaram-se ainda mais tímidos após a expulsão.
No fim do segundo tempo, o Manchester foi para o tudo ou nada. Mas quem aproveitou o espaço foi Hwang Hee-chan, que apareceu nos acréscimos, já aos 99 minutos, e garantiu de vez os três pontos para o Wolves com um chute preciso dentro da área. O banco saltou para comemorar, enquanto os torcedores começaram a deixar o estádio tentando entender o que tinha acontecido com o time de Manchester.

Escalações, destaques e o drama do United na temporada
Pereira escalou o Wolves com José Sá no gol e uma linha de defesa formada por Santiago Bueno, Toti Gomes, Matt Doherty e Rayan Aït-Nouri. O meio de campo armado com João Gomes, André e Nélson Semedo, além de Cunha, Gonçalo Guedes e Jørgen Strand Larsen na frente. Um time intenso, com marcação forte, que soube aproveitar a superioridade numérica e o mando de campo.
No United, a situação era mais tensa. André Onana, mais uma vez, teve trabalho; os defensores, como Aaron Wan-Bissaka e Rasmus Højlund, não conseguiram manter a concentração diante dos avanços dos Wolves. Jogadores como Marcus Rashford tentaram organizar a equipe ofensivamente, mas a ausência de Bruno Fernandes após a expulsão minou qualquer iniciativa criativa do setor.
Com a derrota, o time de Ruben Amorim chegou à quarta derrota em cinco jogos da Premier League. O elenco começa a demonstrar sinais de desgaste físico e emocional. O tropeço derruba ainda mais o moral, deixando o União com 22 pontos em 18 partidas, caindo para a sexta posição e vendo a zona de classificação para competições europeias cada vez mais distante.
Para o Wolves, o resultado não só encerrou um jejum de vitórias como também sinalizou um novo momento: os três pontos tiraram o time da lanterna, colocando-o na 17ª posição. Jogadores como Matheus Cunha, que foi destaque do jogo, mostraram sintonia com as ideias de Vitor Pereira, sugerindo que o trabalho do português pode – finalmente – tirar os Wolves de um filme de terror nesta temporada da Premier League.
Enquanto a torcida do Wolves volta a respirar e sonhar com uma campanha de reação, os fãs do Manchester United olham para o futuro com desconfiança: disciplina em baixa, defesa desarrumada e pressão cada vez maior sobre Ruben Amorim. O clima já começa a ficar insustentável em Manchester e os próximos jogos prometem tensão dentro e fora de campo.
Escreva um comentário