Retorno de Jorginho ao time titular
Depois de quatro partidas sem entrar em campo devido a um incômodo na coxa esquerda, o volante Jorginho está pronto para reassumir a responsabilidade no meio‑campo do Flamengo. A lesão, que o tirou das últimas partidas da Libertadores e da Série A, chegou em um momento delicado, pois a equipe está na frente do Estudiantes, mas ainda precisa segurar o resultado em solo argentino.
Acompanhando a recuperação de perto, o departamento médico libertou o jogador apenas nesta semana, permitindo que ele treine integralmente com o grupo em preparação para o confronto em La Plata. O técnico Filipe Luís não hesitou em colocar Jorginho na escalação, ressaltando que a visão de jogo e a capacidade de organizar a transição defensiva‑ofensiva são imprescindíveis contra um adversário que costuma pressionar alto.
Além de Jorginho, o lado direito da defesa ganha reforço com a volta de Alex Sandro, que também cumpriu suspensão na partida anterior. A dupla traz estabilidade ao bloco de trás, oferecendo ao técnico mais opções táticas para equilibrar a equipe entre marcação e apoio ao ataque.
Importância do confronto e o plano tático do Flamengo
O primeiro jogo, realizado no Maracanã, terminou 2 a 1 para o Flamengo, deixando o clube com vantagem de um gol. Na partida de volta, o rubro‑negro precisará manter a tranquilidade e, ao mesmo tempo, estar atento ao risco de uma virada. Se o Estudiantes superar a diferença, o duelo será decidido nos pênaltis – uma situação que o técnico quer evitar a todo custo.
O esquema tático que deve ser adotado inclui um trio de volantes formado por Jorginho, Saúl e Arrascaeta. Saúl assume a função de interrupção, dando cobertura defensiva, enquanto Arrascaeta tem a liberdade de criar oportunidades e distribuir passes mais avançados. Jorginho, por sua vez, será o elo entre a defesa e o ataque, controlando o ritmo e fazendo leituras precisas dos movimentos adversários.
Nos momentos de pressão, o volante tem a missão de proteger a linha de quatro, antecipando passes e fechando linhas de passe. Quando a equipe ganhar a bola, sua visão de jogo permite que ele faça lançamentos longos para os pontas ou recortes para o meio‑campo ofensivo, proporcionando ao Flamengo opções de ataque diversificadas.
O estádio Jorge Luis Hirschi, que pode reunir mais de 30 mil torcedores estadianos, promete um ambiente hostil. A experiência de Jorginho em partidas decisivas, incluindo duas finais de Libertadores jogadas pelo mesmo clube, será um trunfo para manter a concentração dos jogadores nas primeiras cinco ou dez minutos, quando o adversário costuma buscar o gol de honra.
Além da questão tática, a liderança dentro de campo tem peso. Desde que chegou ao Flamengo, Jorginho tem sido apontado por Filipe Luís como um “cérebro em campo”, alguém que orienta os companheiros, sinaliza mudanças de marcação e incentiva a equipe a manter a disciplina defensiva. Seu retorno, portanto, não se resume a uma mera reposição física, mas a um reforço moral para todo o elenco.
O restante da temporada na Libertadores ainda reserva desafios. Caso o Flamengo confirme a classificação, enfrentará o Racing Club nas semifinais, equipe que tem tradição em partidas de alto nível e costuma jogar de forma compacta. A preparação para o Estudiantes, portanto, é vista como um teste de resistência e resistência mental que pode definir o caminho da equipe até a final.
Na última rodada da Série A, o Flamengo segue invicto em dez jogos, liderando o campeonato com pontos confortáveis. O clima de confiança dentro do vestiário, aliado à volta de peças importantes como Jorginho e Alex Sandro, coloca o clube em uma posição favorável para transitar entre os dois torneios sem perder o desempenho.
Os torcedores, já acostumados a acompanhar a evolução de Jorginho desde seu período na Europa, aguardam ansiosos o seu retorno ao último minuto. O volante tem a missão de equilibrar a pressão do público argentino, manter a tranquilidade da equipe e, sobretudo, garantir que o Flamengo consiga avançar para a próxima fase, mantendo viva a esperança de levantar o troféu da Libertadores pela primeira vez desde 2019.