Uma guerra contra forças insurgentes. O cenário é semelhante ao que os militares encontram em missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU). Mas é fictício. Para reforçar a capacidade de atuação da Aeronáutica, o Exercício Operacional Tápio foi realizado pelo terceiro ano consecutivo. Dividido em duas fases, a primeira foi de 10 a 14 de agosto, no Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV) localizado em Cachimbo, no Pará, (PA) e a segunda nos dias 17 de agosto e 04 de setembro, na Ala 5 – Base Aérea de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
Os treinamentos adestram as Unidades Aéreas e de Infantaria do Comando de Preparo (COMPREP), no cumprimento de Ações de Força Aérea em cenário de Guerra Irregular, Assimétrica, Regional e Limitada. Esse tipo de exercício garante a continuidade da capacitação operacional dos militares da Instituição e a pronta-resposta para emprego em diversas missões executadas pela Força Aérea Brasileira.
A manutenção da qualificação e da capacitação operacional assegura que os militares estejam preparados para atuar em missões como as de combate aos focos de incêndio no Pantanal, a Operação Verde Brasil 2 e a Operação Covid-19, que estão em curso no momento, além da atuação em casos de resgate de enfermos em navios, transporte logístico, entre outros.
Na Tápio, são reunidos militares de diversos esquadrões. Isso porque a eficácia dos treinamentos exige que as unidades operem em conjunto. “A atuação da FAB no território nacional ocorre mediante a alta capacitação doutrinária do efetivo e o EXOP Tápio permite a interoperabilidade entre unidades e aviações diferentes, como Caça, Transporte, Reconhecimento e Asas Rotativas. Por isso, é fundamental todo o esforço que está sendo feito para que os meios da Força Aérea sejam treinados e preparados para os momentos em que a população brasileira necessita”, ressaltou o Comandante de Preparo (COMPREP), Tenente-Brigadeiro do Ar Luiz Fernando de Aguiar.
Na segunda fase da Tápio, em Campo Grande, houve a participação de 26 Esquadrões das Aviações de Caça, Asas Rotativas, Transporte, Reconhecimento e Busca e Salvamento; do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS); dos três Grupos de Defesa Antiaérea (GDAAE) e do Terceiro Batalhão de Aviação do Exército (3° BAvEx). Foram utilizadas cerca de 50 aeronaves, entre elas o C-130 Hércules, o C-105 Amazonas, o C-95 Bandeirante, o E-99, os caças A-1 e A-29 Super Tucano, e os helicópteros H-36 Caracal, AH-2 Sabre e H-60L Black Hawk.
Em uma das atividades, militares de Operações Especiais da Força Aérea Brasileira (FAB) participaram de treinamento conjunto com formato inédito no Exercício Operacional Tápio. A atividade envolveu operadores especiais do Grupamento de Mergulhadores de Combate (GRUMEC) e do Batalhão de Operações Especiais dos Fuzileiros Navais (Tonelero), da Marinha, além de um voo com 23 aeronaves simulando uma coalizão de tropas amigas.
Essa edição do Exercício Tápio teve como diferencial as medidas adotadas para combate e prevenção à Covid-19. O treinamento contou com plano de biossegurança, instalação de Unidade Celular de Saúde (UCS), aeronaves adaptadas para evacuação aeromédica, locais designados para eventual isolamento social e um esquadrão de saúde equipado para receber pacientes com agravamento do quadro clínico.
Com informações da FAB
Fotos: Divulgação FAB
(MD ASCOM/FM)